
06
set
Os direitos dos empregados domésticos que começaram a valer a partir de abril. As novas regras estão fazendo as famílias avaliarem se vale a pena contratar uma babá ou, deixar os filhos pequenos em uma escola em período integral.
Almoço na cantina da escola. Depois, é a professora quem ajuda a escovar os dentes. E ainda tem a sonequinha na sala de aula.
Os trigêmeos Vitor, Caio e Pedro agora têm uma nova rotina: passam o dia todo na escola. Foi uma decisão dos pais tomada depois da aprovação dos novos direitos para os empregados domésticos.
“Eu tinha que ter duas babás, mais uma cozinheira. Quando eu coloquei na ponta do lápis eu falei: ‘A gente tem que repensar isso’. Hoje eu optei por ter apenas uma cozinheira e uma babá”, afirma a dentista Cristiane Alves Ferreira.
Além do horário regular de aulas, as crianças têm atividades extras de acompanhamento escolar e recreação. “Fomos surpreendidos por um aumento, em torno de 30%, da demanda de matrícula para o integral”, afirma a diretora Hila de Castro Lacerda.
Outra escola enviou até uma circular aos pais avisando que está com vagas abertas para o período integral do maternal ao nono ano do Ensino Fundamental.
Segundo os especialistas, a escola em período integral é a melhor opção quando os pais não podem pagar uma babá ou empregada. Mas antes de matricular os filhos é importante conhecer a metodologia de ensino, verificar a higiene do local e saber como as informações do dia a dia da criança vão ser repassadas à família.
“A criança quer uma rotina desafiadora, ela não quer mais o óbvio, não quer ficar sentadinha. Hoje não existe mais criança que fica sentadinha, caladinha e quietinha. Ela quer movimentar o tempo todo, mudar de atividade a cada 15 minutos”, afirma a coordenadora pedagógica Márcia Amaral.
Na mochila de Manuela tem toalha, roupas e a agenda. Tudo que ela faz é anotado. “É muito legal porque tem brincadeira, tem para casa. Eu vou aprender a ler, a escrever”, conta a menina.
A mensalidade de uma escola em tempo integral, geralmente, é o dobro do valor de uma em meio horário. O professor de finanças Eduardo Coutinho orienta: se a empregada da casa for dispensada, outros custos vão aparecer. O importante é avaliar os benefícios de cada serviço antes de mudar a rotina. “Tem que se considerar o aumento com a mensalidade, o custo com alimentação da criança ou adolescente fora de casa e os gastos com a diarista. E dimensionar bem a necessidade da diarista, porque algumas tarefas dentro de casa precisam ser feitas, como lavar e passar as roupas. Por outro lado, as pessoas avaliam outros aspectos, como a conveniência de o filho ficar o dia inteiro na escola e, com isso, ter um programa de educação mais integrado, com práticas esportivas, que possam integrar melhor a formação educacional do filho”, afirma.
Fonte: Bom dia Brasil, Globo.com
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